O papel do acompanhamento psicológico no tratamento de alcoolismo

Milhares de pessoas encontram no álcool um falso escape das dificuldades do dia a dia. Infelizmente, o senso comum muitas vezes estimula o consumo de bebidas baseando-se em seus supostos efeitos "confiantes", como a extroversão e a animação.

Portanto, não é acaso que muitas pessoas provêm de um consumo social de álcool para a armadilha da dependência. Contudo, embora o consumo de álcool seja legalizado e até mesmo estimulado em diversas ocasiões, é interessante reconhecer que o álcool é uma droga tão prejudicial quanto outras.

Nesse cenário, é essencial reconsiderar o papel da substância e a relação que os alcoólatras aumentam com ela. Uma das maneiras de adquirir esse propósito é por sessões de psicoterapia cognitivo-comportamental, uma metodologia cientificamente atestada para a conscientização dos resultados nocivos do álcool e de outras drogas.

A psicoterapia cognitivo-comportamental contribui para entender os comportamentos e sentimentos associados à dependência.

Também é válido para promover hábitos mais saudáveis de resolução de problemas, autocontrole, prevenção de recaídas e motivação para continuar isento do vício.

É importante lembrar que o álcool não é uma solução para problemas emotivos, como a depressão e a ansiedade, e pode, na verdade, agravar esses problemas.

É essencial buscar tratamento correspondente para esses problemas e evitar o uso de álcool como uma maneira de autotratamento.

Sendo assim, é crucial que a sociedade toda repercuta sobre a cultura do consumo de álcool e trabalhe para alterá-la. Isso inclui desmotivar o consumo elevado e promover hábitos mais saudáveis de lazer e diversão.

Em resumo, é primordial entender que o álcool pode ser uma droga arriscada e viciante. A psicoterapia cognitivo-comportamental é um instrumento motivador para auxiliar os dependentes a ressignificar a relação com o álcool e processar hábitos mais saudáveis para lidar com as complexidades da vida.

Desse modo, é relevante também trabalhar na mudança da cultura do consumo de álcool e na promoção de estilos de vida mais equilibrados.

Dessa maneira, o acompanhamento psicológico é decisivo para ajudar o sujeito a trabalhar com esses sentimentos e emoções de modo saudável, evitando que o álcool seja aplicado como uma escapatória ou um meio de lidar com o estresse e a ansiedade.

Além disso, o psicólogo pode contribuir no crescimento de estratégias para lidar com situações de risco, como festas ou encontros sociais em que o álcool está presente.

Outro perfil importante do acompanhamento psicológico no tratamento de alcoolismo é a prevenção de recaídas.

Lamentavelmente, a recaída é comum em casos de dependência química, e pode ser desencadeada por diversos gatilhos, como o estresse, a ansiedade, a depressão ou até mesmo a convivência com pessoas que ainda recorrem a álcool ou outras drogas.

O psicólogo pode auxiliar o paciente a localizar esses fatores de risco e promover estratégias para prevenir a recaída, como o hábito de atividades físicas, a meditação ou outras técnicas de relaxamento.

Além disso, o acompanhamento psicológico pode auxiliar no fortalecimento da autoestima e da autoconfiança do paciente, traços decisivos para a superação da dependência química.

Algumas pessoas que padecem de alcoolismo têm baixa autoestima e sentem-se impossibilitados de lidar com os percalços da vida sem recorrer a bebida alcoólica.

O psicólogo pode colaborar para mudar essa visão distorcida de si mesmo e a cultivar uma autoimagem mais pra cima e saudável.

É significativo ressaltar que o acompanhamento psicológico deve ser incorporado a outras formas de tratamento, como a terapia ocupacional, a psiquiatria e o suporte de grupos de ajuda mútua, como os Alcoólicos Anônimos.

O tratamento deve ser único, observando as características e necessidades específicas de cada paciente.

Além disso, é necessário que o paciente esteja decidido a participar ativamente do processo de tratamento e a admitir mudanças em seu estilo de vida, como a adoção de uma dieta saudável, a prática de atividades físicas e o desenvolvimento de novos hobbies e interesses.

A família e os amigos também têm uma função essencial no processo de recuperação, concedendo suporte emocional e incentivando o paciente a procurar ajuda especializada.

Conclusão

Em síntese, o acompanhamento psicológico é um instrumento decisivo no tratamento de alcoolismo, ajudando o paciente a lidar com as emoções e sentimentos associados à dependência química, a impedir recaídas e a fortalecer a autoestima e a autoconfiança.

Portanto, é pertinente evidenciar que o tratamento deve ser integrado a outras formas de intervenção e que o paciente deve estar decidido a colaborar ativamente do processo de recuperação.

Com o suporte apropriado, é provável superar o alcoolismo e retomar o controle da vida.